terça-feira, 15 de setembro de 2015

Teoria Didática e o Ensino da Matemática









                            A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Amanda Polato diz que é cada vez maior o conhecimento sobre como as crianças aprendem conceitos matemáticos. Pesquisas sobre a didática da disciplina aos poucos chegam aos cursos de formação e começam a difundir uma nova maneira de ensinar. O que antes era considerado erro do aluno ou falta de conhecimento do conteúdo (leia quadro abaixo) agora se revela como a expressão de diferentes formas de raciocinar sobre um problema, que devem ser compreendidas e levadas em consideração pelo professor no planejamento das intervenções, como se pode acompanhar nas fotos que ilustram esta reportagem.
No decorrer do século 20, as discussões se intensificaram, motivadas pelas descobertas da psicologia do desenvolvimento e da abordagem socioconstrutivista, feitas principalmente por Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934).
No campo das matemáticas - assim entendido os vários saberes que a disciplina engloba -, esse trabalho vem avançando e o francês Guy Brousseau é um dos responsáveis por isso. Como um dos pioneiros da Didática da Matemática, ele desenvolveu uma teoria para compreender as relações que acontecem entre alunos, professor e saber em sala de aula e, ao mesmo tempo, propôs situações que foram experimentadas e analisadas cientificamente. 
Para Guy Brousseau, docentes e estudantes são atores indispensáveis da relação de ensino e aprendizagem, mas Brousseau se perguntou sobre um terceiro elemento: o meio em que a situação evolui.
A Teoria das Situações Didáticas desenvolvida por ele se baseia no princípio de que "cada conhecimento ou saber pode ser determinado por uma situação", entendida como uma ação entre duas ou mais pessoas. Para que ela seja solucionada, é preciso que os alunos mobilizem o conhecimento correspondente. Um jogo, por exemplo, pode levar o estudante a usar o que já sabe para criar uma estratégia adequada. 
Nesse caso, o professor adia a emissão do conhecimento ou as possíveis correções até que as crianças consigam chegar à regra e validá-la. Ele deve propor um problema para que elas possam agir refletir, falar e evoluir por iniciativa própria, criando assim condições para que tenham um papel ativo no processo de aprendizagem. Brousseau chama essa situação de adidática. Mas, segundo o pesquisador, a criança ainda "não terá adquirido, de fato, um saber até que consiga usá-lo fora do contexto de ensino e sem nenhuma indicação intencional.
As situações adidáticas fazem parte das situações didáticas (conjunto de relações estabelecidas explícita ou implicitamente entre um aluno ou grupo de alunos e o professor para que estes adquiram um saber constituído ou em constituição). 
Brousseau as classifica em quatro tipos. Para entender melhor no que consiste cada uma delas, basta tomar o exemplo dado pelo próprio autor: o jogo Quem Dirá 20?. Um participante escolhe um número e o adversário vai propondo somas consecutivas dos algarismos 1 ou 2 até chegar a 20. Invertem-se os papéis e ganha quem atingir o
objetivo com menos operações. A atividade começa com o professor contra um dos alunos - ambos colocando as opções no quadro-negro. Em seguida, joga-se em duplas e, em outra fase, entre equipes. Depois de várias partidas, as crianças começam a procurar estratégias para ganhar e discutem entre elas. Assim, cumprem-se os quatro tipos de situação.
A Teoria das Situações Didáticas trouxe uma concepção inovadora do erro, que deixa de ser um desvio imprevisível para se tornar um obstáculo valioso e parte da aquisição de saber. Ele é visto como o efeito de um conhecimento anterior, que já teve sua utilidade, mas agora se revela inadequado ou falso. Brousseau se vale de uma concepção do filósofo francês Gaston Bachelard (1884-1962) segundo a qual "só conhecemos contra um conhecimento anterior" (leia o quadro abaixo). No trabalho dentro dessa concepção, acontece também uma inversão do ensino tradicional de Matemática - que parte do saber institucionalizado e segue na tentativa de esmiuçá-lo para as crianças. Ao contrário, ela leva os alunos a buscar por si mesmos as soluções, chegando aos conhecimentos necessários para isso.
Algumas idéias sem fundamento prejudicam o ensino da disciplina: 

Só os mais inteligentes aprendem 
Qualquer aluno pode se engajar no processo de produção de conhecimentos matemáticos usando a própria lógica.
Meninos têm mais facilidade do que meninas 
Não existe comprovação científica de que garotos são melhores (ou piores) do que as meninas em disciplinas que exigem
raciocínio lógico, como as de exatas.
É preciso dar um modelo 
A idéia de que os alunos só conseguem resolver problemas usando modelos ou seguindo instruções não é correta. Para haver avanço, é preciso que os jovens criem e experimentem diferentes estratégias.
Aprender sem perceber 
Interpretações equivocadas sobre a contextualização do ensino da Matemática levaram alguns autores de livros didáticos e professores a acreditar que seria possível aprender a disciplina sem perceber, apenas brincando e se divertindo. Se o estudante não sabe o que está fazendo, não há aprendizagem.
As pesquisas francesas deram aporte a investigações que concebem o aluno como sujeito ativo na produção do conhecimento e considera as formas particulares de aprender e pensar. Essa abordagem tem implicações didáticas, pois coloca o professor como conhecedor do processo de aprendizagem, da natureza dos conteúdos e das intervenções mais adequadas para ensinar. Aulas em que se expõem conceitos, fórmulas e regras e depois é exigida a repetição de exercícios, tão usadas até hoje, têm origem no começo do século 20. Porém sabe-se que elas não são a melhor opção para a Educação Matemática. Procedimentos clássicos podem ser utilizados desde que tenham coerência com os objetivos do planejamento e estejam acompanhados de tempo para a reflexão e a discussão em grupo.
O foco dessa tendência que coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem é apresentar a ele situações-problema para resolver. O docente tem o papel de
mediador, ajudando a construir os conceitos e fazendo com que o estudante tenha consciência do que faz na hora de responder as questões, 
No livro Didático da Matemática, Roland Charnay afirma: "O aluno deve ser capaz não só de repetir ou refazer, mas também de ressignificar diante de novas situações, adaptando e transferindo seus conhecimentos para resolver desafios". 
O ensino tradicional dominou a sala de aula durante séculos, até o surgimento de novas maneiras de ensinar. 

Tradicional :Formada no início do século 20 com métodos clássicos que envolvem a repetição de algoritmos. O foco é dominar regras da aritmética, da álgebra e da geometria, as estratégias de ensino são aulas expositivas sobre conceitos e fórmulas, com os alunos copiando e fazendo exercícios para a fixação.
Escola Nova: A partir dos anos 1920, atingiu sobretudo as séries iniciais. Foi colocada em prática principalmente em escolas particulares, com o aluno no centro do processo de aprendizagem. O foco é trabalhar o conteúdo com base na iniciativa dos estudantes em resolver problemas que surgem em um rico ambiente escolar. 
Estratégias de ensino Jogos e modelos para aplicar em situações cotidianas.
Matemática Moderna: Surgiu como um movimento internacional na década de 1960. 
Foco Conhecer a linguagem formal e ter rigor na resolução de problemas. 
Estratégias de ensino Séries de questões para usar os fundamentos da teoria dos conjuntos e da álgebra.
Etnomatemática :Surgiu no Brasil em 1975 com os trabalhos
de Ubiratan D’Ambrosio. Foco Aprender usando questões dos contextos sociais e culturais. 
Estratégias de ensino Mudam conforme o contexto e a realidade em que a disciplina é ensinada.
Ciente da capacidade dos pequenos de criar hipóteses, é possível elaborar problemas com diferentes enunciados, variando o lugar da incógnita, e propor discussões em grupo e momentos nos quais os estudantes justifiquem a escolha. "Ao ref letir sobre como pensou para chegar à resposta e comunicar isso aos colegas, o aluno organiza o próprio pensamento e compartilha a estratégia, permitindo que ela seja socializada. A justificativa pode ser feita oralmente ou por escrito. Nesse caso, é possível que ele inicie com representações pessoais - como riscos e desenhos - antes de chegar ao registro formal da linguagem matemática. É esse processo que leva à aprendizagem efetiva.
Um aspecto muito disseminado da abordagem socioconstrutivista - base da didática da Matemática da escola francesa - é a visão da aprendizagem como um processo social. Isso significa considerar a articulação dos saberes escolares com a realidade das crianças. A idéia, contudo, costuma gerar muitos equívocos. Um deles ocorre quando o professor privilegia a vivência de situações do cotidiano para introduzir um conteúdo, esquecendo-se, posteriormente, de sistematizar o aprendizado. Outro engano é a idéia de que contextualizar é ensinar apenas a Matemática usada no dia-a-dia, como a aritmética de uma compra de supermercado. Contudo, somente em
momentos de descontextualização é possível construir conhecimentos para que possam ser usados em outras circunstâncias. Questões internas da disciplina, como a propriedade distributiva da multiplicação, não estão explícitas no que se faz diariamente, mas devem ser objeto de discussão da turma. A contextualização é importante, mas não pode ser usada o tempo todo.


Números e Sistema de Numeração

NÚMEROS







  Os números foram um dos primeiros conceitos matemático a ser utilizado pelos povos devido à necessidade de contagem.
  O número é utilizado na matemática para representar uma quantidade, ordem ou medida.



Sistema de numeração



È um conjunto de regras que permite escrever qualquer número inteiro” (Dicionário elementar de matemática).
  È um sistema de representação de números, ao qual cada algarismo apresenta uma única representação, recorrendo a símbolos e regras.
  Logo a baixo alguns exemplos:









                                  Sistema Chinês












domingo, 13 de setembro de 2015

Divisão

 

 

Divisão


    Vamos aprender uma conta muito interessante. E a divisão. Você vai gostar muito de aprender a dividir.
     Vamos resolver o seguinte problema:
    Seu Miguel comprou 8 bombons para seus sobrinhos. Para evitar brigas, ele resolveu dar a mesma quantidade de bombons para cada um. Quantos bombons recebeu cada sobrinho ?

Solução:
Aqui estão as 8 bombons

 

 

Seu Miguel separou o monte em duas partes iguais:

Conclusão :Cada sobrinho vai receber 4 bombons !
 
 






Você viu que, ao repartirmos igualmente 8 bombons para 2 pessoas, descobriremos que cada pessoa ganha 4 bombons. Dizendo que 8 dividido por 2 dá 4.
Divisão é a operação em que repartimos algo em quantidades iguais.
Ela é indicada pelo sinal :, que se lê dividido por.
Os termos da divisão são

     30       :       5      =          6
dividendo      divisor        quociente


Outra maneira de representar a divisão é

 
 Podemos fazer exemplos dividindo os conjuntos em partes iguais



                   
 





 

 

Multiplicação

Multiplicação

Como um dos 4 principais meios de operações fundamentais da aritmética , isto é, seguindo com a Adição, Divisão, e Subtração, a Multiplicação desde o ensino fundamental ao final do ensino médio utiliza-se de um aprendizado constante que somente avança e após continua-se sendo utilizada no dia- a -dia.
A Multiplicação em si, é uma operação binária e pode-se ser explicada como uma forma simples de se adicionar uma quantidade finita de números iguais, sendo que, os números sendo multiplicados são chamados de coeficientes ou operandos e ou/ individualmente de multiplicando e multiplicador, sendo assim, a multiplicação é o método mais simples de agruparmos uma quantidade finita de números, pois quando efetuada a multiplicação conseguimos fazer uma operação de dois números inteiros que tem assim por fim somar um deles tantas vezes quantas forem as unidades do outro.




quinta-feira, 10 de setembro de 2015

0,o um e as quatro operações


1,2,3...!Lá vou eu!


Todos nós iniciamos nosso contato com o mundo dos números de uma forma lúdica,lá por volta dos dois ou três anos de idade.Quando uma criança aprende a contar até 10 pela primeira,o sentimento dela é de uma grande conquista intelectual semelhante ao que o jovem EINSTEIN sentia ao desvendar os segredos da física no escritório de marcas e patentes.aprender a contar até 20,sem dúvida é a consagração de um grande gênio e ai de quem não tecer elogios a essa façanha de uma criança!
Durante um bom tempo,as crianças utilizam os números de forma intuitiva,contando seus brinquedos e controlano o tempo em brin cadeiras como esconde-esconde.No entanto em uma bela tarde desol ,sentado em um banco escolar,essa relação com os números entar em crise e o que sobra muitos anos depois,um dia antes da prova do vestibular,é a seguinte frase:"odeio matemática!".O que era diversão começa a se tornar  um pesadelo no dia em que começamos a aprender as quatro operações fundamentais da aritmética...











quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A História da matemática

          " Matemática é a ciência dos números e dos cálculos."


       Desde a pré história o homem utiliza a matemática para organizar a sociedade e também facilitar a sociedade da própria vida.
       Os egípcios utilizavam a matemática na construção das pirâmides.
       Os gregos tiveram participação de grande valor para o desenvolvimento de vários conceitos matemáticos.
       Está é uma ciência que está presente em praticamente todas as áreas da sociedade, tudo o que olhamos, ali está a matemática.
       É importante fazer com que os alunos entendam que tão importante quanto as letras para a escrita e leitura, assim são os números.
        Sendo assim, os professores podem propor uma aula para alunos do 5° ano, sobre a história da matemática, a construção dos números e a numeralização.
        Propondo assim aos alunos a perguntar se eles sabem os motivos pelo qual cada número é "desenhado",escrito daquela forma, como também se os alunos sabem o porque do surgimento da matemática, e ainda qual a importância para eles.
         Após ouvir os alunos, o professor pode exemplificar como os pastores de ovelhas utilizavam a matemática para contar e  conferir se todas as ovelhas estavam ali de volta, os pastores utilizavam pedras para tal conferência. E com o passar do tempo este sistema foi se aperfeiçoando até que se deu a origem dos números, sendo assim o homem criou símbolos para que cada simbolo correspondesse a uma quantidade, e assim os professores podem mostrar os desenhos dos números e a razão pela qual cada um é desenhado daquela forma:




    


         O trabalho com seu aluno após a explicação e a demostração das imagens é fazer com que eles reflitam sobre a importância dos números em suas vidas cotidianas, sempre mostrando na prática, no concreto a utilização dos números em toda vida.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Possiveis intervenções que os professores devem fazer para crianças que estão no processo inicial da construção do conceito de números.

A importância das intervenções dos professores nas series iniciais.

 
As intervenções que um professor pode fazer para crianças que estão no processo de construção do conceito de números são vários como elaboração de perguntas e respostas, brincadeiras, brinquedos, para que essas crianças possam ter a capacidade de expressão e comunicação. O professor tem que  preparar essas intervenções, de acordo com  idade das crianças, respeitando a habilidade de cada uma delas.
  Para que essas intervenções aconteçam o professor tem que estabelecer algumas regras ,  fazer um levantamento do conhecimento dessas crianças, o professor tem que sondar o que a criança sabe a respeito dos números, fazer uma apresentação deles para saber o quanto elas sabem. Organizar o tempo de cada atividade, tem que utilizar jogos e fazer brincadeiras para que as crianças desenvolvam suas habilidades de quantidade, e brincando também se aprende.
 O professor tem que avaliar o aluno sempre, para ver o que ele esta aprendendo, no que ele esta tendo mais dificuldade, tem que sempre orientar esse aluno, registrar os erros os acertos e ver onde ele pode melhorar . Outra intervenção interessante e trazer situações que eles passam no dia-a-dia e trabalhar a habilidade de cada um deles de pensar, raciocinar, contar e dividir.

Referências Bibliográficas: revistaescola.abril.com.br